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Abate de bovinos no Brasil bate recorde no 2º trimestre de 2024, apesar das enchentes no Rio Grande do Sul

Produção animal no país cresce, enquanto Rio Grande do Sul registra queda devido a problemas logísticos e infraestrutura

 

O abate de bovinos no Brasil atingiu um recorde histórico no segundo trimestre de 2024, apesar dos impactos negativos das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em maio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram abatidas 9,96 milhões de cabeças de bovinos no período, representando um aumento de 17,5% em relação ao segundo trimestre de 2023 e 6,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.

Mesmo com o recorde nacional, o Rio Grande do Sul registrou uma queda de 10,6% no abate de bovinos em comparação ao mesmo período do ano anterior, devido às enchentes que comprometeram a logística e a infraestrutura do estado. As inundações ocasionaram uma redução de 40,45 mil cabeças abatidas em comparação ao segundo trimestre de 2023, com retrações de 19,8% em maio e 16,8% em junho. Bernardo Viscardi, supervisor da pesquisa do IBGE, destacou que as enchentes prejudicaram a produção e a movimentação de animais para os abatedouros, gerando um problema logístico que afetou toda a cadeia produtiva no estado.

Outros resultados da produção pecuária:

  • Frangos: O abate de frangos no Brasil foi de 1,61 bilhão de cabeças, um aumento de 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2023, e o segundo maior resultado da série histórica iniciada em 1997.

  • Suínos: O abate de suínos cresceu 2,5% em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando 14,57 milhões de cabeças, impulsionado por aumentos em 17 das 24 unidades da federação.

  • Exportações: As exportações de carne bovina atingiram 612,44 mil toneladas, um aumento de 30,0% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto as exportações de carnes suína e de frango também bateram recordes para o segundo trimestre.

Impactos no Rio Grande do Sul:

Além da redução no abate de bovinos, o Rio Grande do Sul também registrou quedas de 12,3% no abate de frangos e de 10,1% na aquisição de leite, refletindo os prejuízos causados pelas enchentes. A produção de ovos de galinha, entretanto, atingiu um recorde com aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. As enchentes de maio foram responsáveis pelas maiores quedas observadas na produção animal do estado, destacando-se como as mais intensas entre as unidades da federação participantes das pesquisas do IBGE.

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