Relatório da Emater/RS-Ascar mostra os efeitos da seca e da queda de preço na oleaginosa no Estado
A soja enfrenta desafios nas últimas semanas devido à seca e à queda de preço. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), as altas temperaturas e a baixa precipitação afetaram o desenvolvimento das lavouras, especialmente nas fases de florescimento e enchimento de grãos.
O relatório, divulgado nesta quinta-feira (15/02), aponta que as chuvas foram variáveis e insuficientes na maior parte das regiões do Estado, provocando sintomas de déficit hídrico nas plantas. A situação é mais favorável nas áreas irrigadas e onde os volumes de chuva foram maiores, que apresentam bom potencial produtivo.
Além do clima, os produtores de soja também estão preocupados com o preço da commodity, que registrou queda de 1,94% na última semana, passando de R$ 113,91 para R$ 111,70 a saca de 60 quilos. A redução do valor pode comprometer a rentabilidade da atividade, que já sofre com os custos de produção e de transporte.
Para evitar perdas maiores, os sojicultores seguem realizando o manejo fitossanitário das lavouras, com destaque para a aplicação de fungicidas para prevenir e controlar a ferrugem-asiática, uma das principais doenças que afetam a cultura. As aplicações são feitas preferencialmente no período da noite, quando as condições meteorológicas são mais favoráveis.
A previsão do tempo para os próximos sete dias indica que as temperaturas estarão mais amenas no Estado, com possibilidade de pancadas de chuva na sexta-feira e sábado (16 e 17/02), tempo firme no domingo (18/02) e massa de ar seco entre segunda (19/02) e quarta-feira (21/02). Os volumes de chuva esperados deverão ser baixos na Fronteira Oeste e na Campanha, e moderados no restante do Estado.
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