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Cobertura vacinal infantil apresenta aumento significativo em oito imunizantes, aponta Ministério da Saúde

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • 20 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

Dados preliminares do período de janeiro a outubro de 2023 revelam crescimento nas vacinações contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP e tríplice viral, marcando uma reversão da queda nos índices vacinais no Brasil

 

Dados preliminares do Ministério da Saúde indicam um notável aumento na cobertura vacinal infantil durante os primeiros dez meses de 2023, comparado a todo o ano de 2022. Oito vacinas recomendadas pelo calendário infantil apresentaram crescimento nas taxas de imunização para crianças de um ano de idade, abrangendo hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) nas doses 1 e 2. Além disso, a vacina contra febre amarela, indicada aos nove meses, também registrou aumento. Os resultados apontam para uma reversão da queda nos índices vacinais que o Brasil enfrenta desde 2016.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante entrevista coletiva realizada em Brasília nesta terça-feira (19), destacou que o Movimento Nacional pela Vacinação, lançado em fevereiro deste ano, desempenhou um papel fundamental nos avanços. "Quero dizer que o movimento pela vacinação venceu. Todos alcançamos juntos o objetivo de reverter a trajetória de queda das coberturas vacinais. A sociedade atendeu ao chamado e se incluiu nesse movimento", ressaltou a ministra.

Regionalização e Estratégias Adotadas

O sucesso na melhoria dos índices vacinais foi atribuído à estratégia de regionalização, destacando o microplanejamento como ponto crucial. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) realizou oficinas em todo o país, adaptando a estratégia de imunização de acordo com as peculiaridades de cada local. O aumento na cobertura vacinal foi observado em diversas unidades federativas, com destaque para estados como Piauí, Espírito Santo, Sergipe, Rio Grande do Norte, e Rondônia, que apresentaram significativos avanços em diferentes vacinas.

Dados Nacionais

Comparando as coberturas vacinais de 2022 e 2023 a nível nacional, observa-se um crescimento na imunização contra hepatite A (de 73% para 79,5%), primeira dose da pneumocócica (de 71,5% para 78%), e poliomielite (de 67,1% para 74,6%). A vacina contra febre amarela apresentou o maior crescimento, passando de 60,6% para 67,3%. A ministra enfatizou que mais de 2.100 cidades atingiram a meta de 95% de cobertura para vacinas fundamentais no calendário infantil.

Estratégia para HPV e Desafios Futuros

Destacando desafios futuros, a ministra ressaltou o sucesso na vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), que apresentava queda desde 2014. A cobertura subiu 30% em 2023, com a estratégia de vacinação nas escolas desempenhando um papel crucial. Apesar dos avanços, a ministra reconheceu que há desafios pela frente, mas afirmou que o progresso é significativo para recuperar a cultura de imunização do Brasil.

Inovação na Transparência dos Dados

O Ministério da Saúde anunciou uma reestruturação nos registros vacinais, redirecionando todos os dados para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) a partir de 2023. Essa mudança permitirá que a caderneta digital de vacinação seja consultada online, oferecendo mais transparência e agilidade aos dados. Contudo, a retenção de dados devido ao processo de transição impactou o registro de doses de BCG e hepatite B.

Integração de Sistemas e Projeções Futuras

A integração de sistemas continuará nos próximos anos, com a base de dados do Sistema de Informação da Atenção Básica (SISAB) redirecionada até o primeiro semestre de 2024. A migração permitirá uma melhor reflexão da situação atual, impactando positivamente nas projeções de cobertura vacinal, como no caso da vacina pneumocócica.

O cenário positivo na cobertura vacinal infantil é encarado como um marco decisivo, indicando um passo significativo para que o Brasil recupere sua cultura de imunização, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade.


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