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Colheita do milho no Rio Grande do Sul avança com impacto da seca em algumas regiões

Apesar do ritmo da colheita, ausência de chuvas afeta produtividade em áreas específicas no estado

 

A colheita do milho no Rio Grande do Sul alcançou 8% das lavouras implantadas, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (09/01) pela Emater/RS-Ascar. A safra 2024/2025 apresenta variações significativas de produtividade devido à falta de chuvas, que impacta principalmente as lavouras em estágio reprodutivo e o plantio em algumas regiões. Até o momento, 96% da área projetada para o milho foi semeada, com 17% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 11% em floração, 30% em enchimento de grãos e 34% em maturação.

Destaques regionais

Na região administrativa de Caxias do Sul, as condições climáticas favoráveis têm beneficiado o desenvolvimento das lavouras, que se encontram em diferentes estágios. Nos Campos de Cima da Serra, que concentram 60% da área destinada à produção de grãos, as lavouras em floração e enchimento de grãos mantêm boas expectativas de rendimento. A sanidade das plantas está dentro do esperado.

Na região de Erechim, 78% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos e 5% já foram colhidas, com produtividade média de 9 mil kg/ha. Em Santa Rosa, 62% das áreas estão maduras, e 15% foram colhidas, alcançando uma produtividade média de 7.775 kg/ha. As lavouras irrigadas têm apresentado desempenho dentro do esperado, enquanto áreas de sequeiro sofrem impacto devido ao tempo seco.

Colheita de milho para silagem

A colheita do milho para silagem também avança, alcançando 30% no estado. Regiões como Frederico Westphalen destacam-se pela produtividade, com médias de até 43 mil kg/ha. A qualidade da silagem se mantém elevada, com alta concentração de grãos. Em Santa Maria, as lavouras de plantio precoce apresentam boa qualidade, mas as áreas em floração enfrentam incertezas devido à falta de umidade adequada.

Para a safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 357.311 hectares de milho para silagem, com produtividade média de 39.457 kg/ha.

Outras culturas e atividades

Arroz

A cultura do arroz no Rio Grande do Sul apresenta desenvolvimento satisfatório, com boa disponibilidade de água nos reservatórios e alta radiação solar. Em algumas regiões, as temperaturas noturnas abaixo de 15°C têm desfavorecido as lavouras em estágio reprodutivo. A área cultivada é estimada em 948.356 hectares, com produtividade média de 8.478 kg/ha, conforme dados do Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga).

Feijão 1ª safra

A colheita da primeira safra de feijão avançou, com cerca de 30% da área já colhida no estado. Nas regiões irrigadas, os rendimentos permanecem dentro do esperado, enquanto as áreas de sequeiro enfrentam dificuldades devido à baixa umidade. A produtividade média varia entre 1.440 e 1.620 kg/ha, com grãos apresentando qualidade satisfatória.

Piscicultura

A piscicultura tem apresentado desempenho variado. Regiões como Erechim e Frederico Westphalen registraram boas condições nos viveiros, enquanto em Santa Rosa, a falta de chuvas e as altas temperaturas têm comprometido os níveis de água dos açudes, aumentando o risco de mortalidade dos peixes.

Pesca artesanal

Na Lagoa dos Patos, os pescadores relataram aumento na captura de corvina e tainha, enquanto a safra de camarão foi aberta na Lagoa do Peixe. Em outras regiões, como Santa Rosa, a pesca permanece interrompida devido ao período de defeso, que se estende até o final de janeiro.


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