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Ministério Público do RS cria núcleo para combater violência extrema entre jovens

Iniciativa busca capacitar escolas, famílias e órgãos públicos para identificar sinais de comportamento agressivo e agir preventivamente

 

Com foco na prevenção de atos violentos entre crianças, adolescentes e jovens, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) lançou este ano o Núcleo de Prevenção à Violência Extrema. O objetivo é atuar de forma preventiva, orientando a comunidade escolar, famílias e profissionais de áreas como saúde, assistência social e segurança pública para identificar sinais de alerta que podem preceder um episódio de agressão grave.

O núcleo tem como missão capacitar esses agentes a reconhecer comportamentos que indiquem possíveis riscos, especialmente em ambientes escolares. Embora não seja possível prever com certeza a ocorrência de violência extrema, determinados indícios podem ser sinais de que um jovem está em uma situação vulnerável que pode culminar em atos violentos.

Durante o lançamento do Projeto Sinais, o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, reforçou a importância de uma vigilância constante sobre o tema. "Esse é um assunto que precisa de atenção contínua e não apenas em momentos pontuais, como após incidentes violentos. É fundamental prevenir para evitar tragédias, oferecendo suporte especializado a esses jovens", afirmou Saltz.

Monitoramento e intervenções

Ao longo dos últimos 10 meses, o MPRS tem acompanhado casos de jovens em risco de radicalização, observando um padrão comum entre eles: idades entre 10 e 26 anos, isolamento social, lares desestruturados, histórico de violência doméstica e bullying, além de fácil acesso a conteúdos extremistas online e, em alguns casos, a armas de fogo.

Uma das intervenções bem-sucedidas foi a de um menino do interior do Estado, que havia planejado um ato violento. Através da mobilização de toda a rede de apoio local, o jovem e sua família receberam acompanhamento e o incidente foi evitado.

Identificação de sinais de alerta

Segundo Fábio Costa Pereira, coordenador do núcleo, não há um modelo único para lidar com esses casos, mas é essencial prestar atenção a sinais de isolamento, discursos extremistas e atitudes agressivas, que podem representar um pedido de ajuda. “Ameaças de violência precisam ser encaradas seriamente, como um alerta”, explicou.

O Projeto Sinais também visa criar uma rede de colaboração direta entre sociedade civil, escolas e o Ministério Público, com o intuito de prevenir a radicalização de jovens e garantir um ambiente escolar mais seguro.

O núcleo é formado também pelo promotor de Justiça Marcio Abreu Ferreira da Cunha e pela servidora Thais Menezes Pacheco.

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